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28 de ago. de 2010

Pequenas alegrias

Final de tarde marcado por duas cenas de rara beleza. A primeira: parada no cruzamento de duas ruas a moça parecia esperar; era cega, o que se percebia pela bengala, girada impacientemente em suas mãos, de um lado a outro. Será que a moça quer ajuda para atravessar? Espere... Não, ela não quer ajuda. Agora se aproxima o rapaz, batendo de leve sua bengala no chão. A moça sorri e também produz o mesmo barulhinho... Barulhinho correspondido! Utilizado para guiá-los até que os dois fiquem próximos o suficiente para um beijo... Os dois sorriem... Aí entendo que no mundo deles há um substituto à altura para a troca de olhares.


A segunda cena são as primeiras flores de um ipê branco... Tão raras quanto breves, mas encantadoramente lindas! Nem a Lua se conteve, e teve de vir pra ver (e acho que ela não sabe, mas acabou completando o espetáculo!).

E o que há no meu coração é um sentimento enorme de gratidão por ser presenteada por coisas tão simples, com um poder enorme de me encher de alegria!